Dizem que quando a gente vai morrer a história de nossa vida passa pelos nossos olhos rapidamente, como num filme em rotação acelerada. Recordamos dos momentos marcantes, dos felizes, das tragédias, dos erros, acertos, dos arrependimentos, dos amores, amigos, paixões...
Uma espécie de acerto de conta com nós mesmos.
Hoje me vejo pensando na morte, depois de uma existência de 49 anos bem vividos, com medo de partir sem ter acertado as minhas.
Uma dorzinha insignificante no peito, mas que significou muito, como se fosse um alerta "Ei! Moça! Você não é eterna!".
Um medo de ir, vontade de ficar, contradição de pensamentos que me deixaram aflita.
Bom...Decidi fazer uma retrospectiva de mim mesma. Tento descobrir onde estou, em que momento me deixei ficar pelo caminho...
Será que dá tempo? Quem sabe...
Busco meus "Romeus" no fundo do frasco de um veneno petrificado nesse tempo absurdo que é a maturidade.
Hoje me sinto feia, arrependida do que não vivi, em alguns casos, do que vivi, atordoada com a descoberta de que perdi meu tempo com uns e privei-me de outros...
Sozinha, mas nunca solitária, tenho um amor no pensamento, uma paixão nas mãos (a escrita) e uma certeza: "Respiro", mas estarei viva?
"Eu Me Perdi" são pérolas esparsas de minha vida. Relatos íntimos e lembranças queridas.
Espero que esse blog me mostre o caminho nessa minha vida sem direção.
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