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sábado, 13 de março de 2010

A caminho de Minas Gerais

Eu me sentia uma exploradora! Aos doze anos de idade, o que aprendi sobre esse estado tão cheio de matas e sem uma gota sequer de mar, era que seus habitantes eram indios e viviam sem agua encanada ou luz elétrica. Uma verdadeira palhaçada o que fazia a imaginação de uma criança no Rio Grande do Sul!

Aos poucos a paisagem mudava, dos limpos campos verdes dos pampas, pAssamos para pinheiros do Paraná, as pedreiras, o calor...Mas choque mesmo tive ao ver o concreto e a poluição de São Paulo. Era assustador! O cheiro me dava dor de cabeça e imediatamente enjoei. Eu sempre enjoava em viagens longas e ainda mais atras dos imensos caminhões cheirando a óleo queimado.
Depois de um descanso breve num posto de gasolina, com uma garrafa de coca cola nas mãos, entrei no carro para continuar o trajeto até a tão esperada "tribo mineira".
Tal não foi a surpresa quando avistei as primeiras cidades! Era gratificante ver tudo aquilo!
Confesso que agora mais animada, já fazia planos de novas amizades, que faria na escola.


Imediatamente fui conquistada pelo espírito mineiro, tão diferente daquele dos meus conterrâneos. Povo hospitaleiro, me cercavam de atenção, vizinhos educadíssimos, conversas de minha mãe ao portão, a venda da esquina...Nossa! No Rio Grande tudo era tão frio, eu estava adorando.

E que dizer dos quitutes? Pamonha, doce de leite, pão de queijo, queijo branco, pé de moleque, ah, esse me dava risos..."Moleque", eu demorei para aceitar esse tratamento aos meninos que eu chamava de guri. Mas esse assunto, da diferença no falar, fica para outro post. Acho até que vai render uma comparação de vocabulários bem legal!


Enfim, eu chegara a Minas e já estava me sentindo uma verdadeira mineirinha...

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